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Na Costa Rica, as farmácias preparam-se para vender canábis em 2025

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Cannabis medicinal na Costa Rica
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A 18 de outubro, o Decreto Executivo 44695-MP-MAG-S promulgou o regulamento de aplicação da Lei 10113, a “Lei sobre a cannabis para uso medicinal e terapêutico e o cânhamo para uso alimentar e industrial”. Este novo regulamento responde aos pedidos do sector, que se deparou com numerosos obstáculos à aplicação do regulamento.

Esta importante legislação é uma resposta tanto às obrigações legais como às solicitações do sector, com o objetivo de eliminar obstáculos e estabelecer um quadro mais funcional para a utilização da cannabis medicinal e do cânhamo para fins industriais.

Alterações na classificação e acessibilidade dos produtos

No âmbito das políticas anteriores, os produtos de canábis medicinal na Costa Rica eram classificados estritamente como medicamentos, o que colocava problemas regulamentares com as normas internacionais e impedia o crescimento do mercado.

Atualmente, os regulamentos introduziram uma classificação mais flexível, dividindo os produtos em duas categorias principais: o “produto seco”, que inclui flores e inflorescências de canábis, e o “produto de dosagem”, que engloba formas embaladas com concentrações especificadas de CBD ou THC.

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A nova classificação facilitará a venda de produtos de canábis como terapêuticos em vez de estritamente médicos, uma mudança que se alinha com a prática global no tratamento de doenças crónicas e expande o acesso dos doentes a uma variedade de opções terapêuticas.

De acordo com La República, a reclassificação não só aliviará as restrições, como também facilitará o acesso dos consumidores, uma vez que as farmácias passarão a oferecer uma variedade de produtos de canábis, incluindo flores, extractos, óleos e comestíveis.

Thomas McCullen, CEO da Green Mountain Medical, um dos principais fornecedores, observa que “o espetro de produtos disponíveis será muito amplo”, oferecendo alternativas naturais e não invasivas para o tratamento da dor crónica e o alívio dos sintomas.

Novos requisitos para farmácias e receitas médicas

Os regulamentos actualizados exigem que as farmácias autorizadas a vender produtos de cannabis tenham uma licença de fabrico.

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Esta licença permite-lhes criar preparações personalizadas de canábis em formas farmacêuticas não estéreis, acrescentando um novo nível de supervisão e controlo de qualidade.

Estas preparações exigirão uma prescrição médica, especificando as concentrações específicas de THC para garantir uma dosagem exacta adaptada às necessidades do doente.

Para apoiar ainda mais o sector, o governo planeia implementar uma iniciativa de formação a nível nacional para os médicos da Costa Rica. O especialista americano Dr. Dustin Sulak conduzirá workshops centrados na utilização segura e eficaz da canábis para fins terapêuticos, que dotarão os profissionais de saúde de um conhecimento aprofundado dos tratamentos à base de canábis.

O caminho para a plena aplicação

Apesar destes desenvolvimentos positivos, a Câmara Constitucional centrou-se recentemente nas medidas adicionais necessárias para tornar o sector plenamente funcional. A Câmara exigiu um quadro regulamentar no prazo de seis meses após a promulgação da lei, uma ordem que exigiu intervenção devido a atrasos do Ministério da Saúde e do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Para colmatar estas lacunas, o regulamento fixa agora prazos: nos próximos dois anos, deve ser criado um sistema de rastreabilidade completo para seguir a canábis desde a aquisição das sementes até à comercialização do produto final. Esta rastreabilidade incluirá igualmente a gestão dos resíduos, um domínio de importância crescente para o ambiente.

Até meados de 2025, serão estabelecidas outras orientações administrativas e técnicas, centradas no registo sanitário dos produtos e no controlo de qualidade.

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