Qual é a diferença entre o CBD do cânhamo e o CBD da canábis?

O canabidiol (CBD) é um potente canabinóide e um dos principais ingredientes da canábis. É conhecido pelas suas virtudes terapêuticas, nomeadamente pelas suas propriedades anti-inflamatórias e ansiolíticas. Ao contrário do tetrahidrocanabinol (THC), responsável pelos efeitos psicoactivos da canábis, o CBD não provoca uma sensação de euforia. O cânhamo industrial e o cânhamo indiano provêm das mesmas linhas e, por conseguinte, produzem os mesmos canabinóides, em quantidades muito diferentes. De facto, é isto que faz a diferença entre o que é vulgarmente conhecido como “cânhamo” e “canábis”. Ambos contêm CBD. Mas em que é que o CBD do cânhamo difere do CBD extraído da canábis?

O cânhamo contém níveis baixos de CBD

A estrutura molecular do canabidiol é a mesma, quer seja derivado do cânhamo ou da canábis. No entanto, o cânhamo contém um baixo nível de CBD, que se situa entre 3% e 4%. O seu teor de THC é ainda mais baixo: entre 0,5 e 1%, mesmo nas variedades legais francesas, que muitas vezes excedem (por uma pequena margem) o limite legal francês de 0,2%.

Como a concentração de CBD no cânhamo é relativamente baixa, é necessária uma grande quantidade para produzir óleo de CBD. Isto aumenta tanto o risco de contaminação, uma vez que o cânhamo é um bioacumulador (absorve substâncias químicas do solo, muitas vezes indesejáveis, como toxinas), como o esforço de extração.

O CBD actua em sinergia com outros canabinóides

O CBD actua em conjunto com os vários canabinóides, incluindo o THC, no que é conhecido como um efeito ambiental. O CBD do cânhamo não tem terpenos medicinais ou outros canabinóides que podem ser encontrados no CBD da canábis.

O óleo CBD derivado da canábis seria, portanto, mais eficaz.

Charlotte’s Web, uma variedade rica em CBD

A Charlotte’s Web é uma variedade de canábis com um elevado teor de CBD (cerca de 20%) e um teor muito baixo de THC (0,3%). A planta recebeu o nome de Charlotte Figi, uma jovem rapariga do Colorado que sofria de ataques epilépticos graves. A sua história permitiu que muitos estados americanos reconhecessem o potencial terapêutico da canábis.

Mehdi Bautier